17. CAPÍTULO DEZESSETE
CAPÍTULO DEZESSETE
❛ ato um: cálice de fogo ❜
O TERCEIRO TESTE finalmente chegou. Os convidados e espectadores chegaram a Hogwarts com a intenção de presenciar a última prova do tão comentado torneio tribruxo, enquanto alguns caminhavam em direção ao estádio de Quadribol, Erika e Cedric aguardavam Amos, que chegaria a qualquer momento para apoiar seu filho. Foi surpreendente para ambos ver que quando o homem caminhou em direção a eles, ele não veio sozinho. A irmã mais velha de Erika, Danielle, caminhou ao lado dele com um sorriso no rosto enquanto conversavam sobre sabe-se lá o quê. Danielle tinha longos cabelos castanhos, um pouco bagunçados, e era alta comparada a Amos, que parecia bem pequeno ao lado dela. Quando eles se aproximaram, Cedric sorriu amplamente e abraçou a mais velha com força. Eles não se viam desde que Danielle se formou em Hogwarts e tanto o abraço quanto a mudança de Cedric surpreenderam a Frukke mais velha.
— Olhe para você, você está tão galante! — ela exclamou feliz ao retribuir o abraço. — Você até é quase tão alto quanto eu, é incrível o quanto você mudou em tão pouco tempo.
— Bem, foram quatro anos. A última vez que você me viu eu estava no segundo ano... — Cedric comentou rindo um pouco. — Como está Penny?
— Ah, ela está trabalhando no St. Mungus preparando poções de cura. Mas de vez em quando ela faz trabalhos específicos, você sabe, ela não pode ficar fazendo a mesma coisa por muito tempo. — a mais velha explicou com um sorriso.
— Olá, Danielle, eu, sua irmãzinha, estou bem. — Erika falou sarcasticamente ao perceber que foi totalmente ignorada.
Os três riram baixinho do pequeno acesso de raiva da Lufa-Lufa, Danielle a abraçou com força também e imediatamente se afastou para olhar para ela com a testa franzida.
— Você cresceu? — Danielle perguntou confusa, olhando para ela de cima a baixo por um longo tempo.
— Eu acho...?
— Erika, quando fui te deixar em Kings Cross você estava no meu ombro e agora já passou. — Danielle comentou atordoada. — O que dão para vocês que crescem em tão pouco tempo?
Amos riu e comentou que era melhor eles começarem a andar já que Cedric precisava chegar o mais rápido possível. Durante a caminhada Danielle mencionou que Cedric era o favorito da maioria de seus colegas de trabalho, muitos apostavam nele e a grande maioria dos trabalhadores que tinham filhos em Hogwarts também demonstraram seu apoio ao "verdadeiro campeão de Hogwarts."
Assim que chegaram ao estádio, Amos ficou surpreso ao ver Arthur e os Weasleys. Danielle começou a rir enquanto corria para abraçar os dois filhos mais velhos da família, Gui e Charlie, de quem ela era amiga desde seu tempo em Hogwarts.
— O que vocês estão fazendo aqui? — Danielle perguntou com um grande sorriso.
— Viemos apoiar Harry, nossa mãe pediu para virmos e no caminho vemos Ron. — Bill disse a ela com um sorriso, ao perceber a presença de Erika a cumprimentou com um aceno de mão. — Olá, Erika, não te vejo há anos, você está crescendo.
— É Érika?! — Charlie perguntou de repente, surpreso, assustando um pouco a garota de olhos azuis. — Eu tinha visto fotos mas não pensei que fosse você, é um prazer conhecê-la.
Erika olhou para Danielle confusa e percebeu que ela nunca havia apresentado formalmente seus amigos. Ela sempre os mencionava em histórias ou casualmente, mas sua irmã nunca os tinha visto antes.
— Verdade. Este é Bill, ele é um quebrador da maldição de Gringotes. — Danielle explicou apontando para o ruivo de cabelos longos e escorridos e um sorriso que Erika descreveria como 'legal'. — E esse é Charlie, aquele que sempre menciono para você para que você possa falar sobre criaturas quando se formar. — desta vez ela apontou para o garoto um pouco mais baixo que Bill, ele era robusto e dava para ver isso em suas roupas, mas parecia bastante amigável.
— Ah, posso dar uma cara a vocês agora. — a garota de olhos azuis disse balançando a cabeça.
De repente, Molly Weasley se aproximou com os olhos bem abertos e também os braços andando na direção da Frukke mais velha, Erika ao seu lado estava totalmente absorta, ela sabia que era amiga de dois Weasleys, mas ela não achava que era tão próxima da família a ponto da mãe dele ficar maravilhada ao vê-la.
— Danielle, pelo amor de Merlin, não vejo você há anos! — disse a mulher abraçando-a com carinho. — Como vai você? O que você tem feito? Bill me disse que você trabalha no ministério.
Danielle e Sra. Weasley começaram uma longa conversa se colocando em dia, Erika olhou em volta em busca de um rosto familiar e foi lá que ela viu seus amigos, ela se afastou da reunião de sua irmã com os Weasleys e caminhou em direção a Ernie e Hannah que seguravam um cartaz em apoio a Cedric. Susan e Justin estavam conversando ao lado com outros colegas de casa que tinham seus rostos pintados com as cores de Hogwarts.
Susan, percebendo sua presença, aproximou-se dela com um sorriso.
— Como você se sente ao testemunhar a vitória de Cedric? — Susan perguntou, com tanta confiança que surpreendeu a garota de olhos azuis.
— Nossa, você realmente está com ânimo hoje. — Erika riu, fazendo a garota sardenta corar um pouco. — Vamos torcer para que ele ganhe, se não ganhar acho que vou rir dele a vida toda.
Susan deu uma risadinha, ela sempre achou divertida a relação de irmão de Cedric e Erika. Os dois às vezes eram tão parecidos que ela se lembrava de quando no terceiro ano perguntaram se eles eram um casal e automaticamente riram da cara do garoto que fez aquela pergunta, ela sabia que Erika nunca gostou de Cedric mesmo sendo bastante próximos mas não só porque ela o via como um irmão, mas porque o menino não fazia o tipo dela. Afinal, Erika não gostava de homens.
— Olá, Eri, sua irmã também veio? — Justin perguntou se aproximando das duas garotas, olhando na direção de Danielle.
As duas se viraram para olhar na mesma direção do amigo e perceberam que Danielle agora não estava com a Sra. Weasley, mas com a Professora Sprout. Sra. Weasley estava agora ao lado de Harry, apertando suas bochechas de forma familiar enquanto ele sorria, ao seu lado estavam Hermione e Rony, este último parecendo feliz na presença de seus dois irmãos mais velhos já que falava com eles com enorme emoção. Hermione estava conversando com Molly e Harry ao mesmo tempo, seu rosto parecia preocupado e Erika pôde reconhecer que era o mesmo tipo de preocupação do primeiro teste.
— Vou ficar bem, o pior que pode acontecer é eu não ganhar. — Harry disse a eles com um sorriso.
— Tem muita coisa aí, Harry! — Hermione exclamou preocupada e então respirou fundo e depois expirou de forma a relaxar os nervos. — Espero que tudo corra bem e que você sofra o mínimo de danos possível.
— Vai ficar tudo bem, acho que a coisa mais perigosa que existe são as criaturas das quais Hagrid me falou. — Charlie entrou na conversa. — O fato de eles terem 'explosivo' no nome me dá vontade de fugir.
— Eles são realmente raros. — Ron comentou. — Quando perguntamos o que eram, ele nos disse que eram secretos e só nos deixava alimentá-los na aula.
— Até Erika ficou surpresa ao vê-los. — Harry murmurou, lembrando-se da cara confusa da Lufa-Lufa na primeira vez que viram os explosivins.
Os campeões foram chamados em uma pequena sala antes de saírem para serem apresentados. Dumbledore levou Harry embora e Amos caminhou ao lado de Cedric sob o olhar de todos os presentes.
De sua casa perto dos Weasleys, Danielle chamou Erika e seus amigos para sentarem juntos, Susan aceitou mas Ernie e Hannah queriam ficar com o grupo que apoiava Cedric, afinal ele era o campeão de sua casa mesmo assim Susan disse para ela simplesmente ir e passar algum tempo com sua irmã. Erika sorriu para a ruiva e desceu a arquibancada se aproximando da irmã, sendo recebida com um breve abraço. Pegando-a pelos ombros Danielle a levou até os Weasleys mas mais especificamente para Charlie, afinal a mulher mais velha queria conversar com ele e que sua irmã o conhecesse melhor.
Ron e Hermione notaram a presença de Erika e a cumprimentaram amigavelmente, embora a saudação de Hermione tenha sido um pouco curta e nervosa mas passou despercebida por Erika que a cumprimentou da mesma forma, mas Danielle não perdeu esse pequeno detalhe. Hermione parecia um pouco tensa na presença da garota de olhos azuis e isso chamou um pouco a atenção da Frukke mais velha. Será que sua irmã mais nova estava fazendo inimigos?
Chegando um pouco mais perto de sua irmã, ela sussurrou casualmente.
— Quem são eles? — Danielle perguntou olhando de soslaio para Weasley e Granger.
Erika franziu a testa confusa com a pergunta.
— É Ron e Hermione. Como você não reconhece Ron? Ele é literalmente igual aos seus dois amigos. — Erika disse a ela com uma leve confusão.
— Sim, bem, mas não conheço a garota. Amiga de Harry?
Erika assentiu imediatamente. — Sim. Ela é a melhor bruxa da nossa geração.
— Dessa forma? — Danielle inclinou levemente a cabeça.
— É literalmente a melhor. Boas notas, inteligente em todos os sentidos, passa o tempo todo na biblioteca e lê livros que deveríamos ler daqui a uns três anos como se fosse algo casual. — Erika explicou olhando de soslaio para a morena que agora conversava com Ginny.
Danielle assentiu em compreensão, a forma como a irmã falava sobre a menina deixava claro que elas não se davam mal. Então a reação dessa Hermione foi estranha para ela, era quase como se ela quisesse evitá-la.
Mas quem era ela para intervir na vida da irmã mais nova.
De repente, a orquestra de Hogwarts começou a tocar, iniciando oficialmente o terceiro teste do torneio tribruxo.
As alunas de Beauxbatons gritavam e faziam uma espécie de dança como líderes de torcida de Fleur, entre elas estava obviamente Adrienne que não conseguia olhar para o lado de Hogwarts sabendo que ganharia um olhar pesado de Erika. Os de Durmstrang gritavam, ou melhor, rugiam, o nome de Viktor.
Amos Diggory correu na frente do público com uma cara orgulhosa dando lugar a Cedric, que caminhou um pouco tímido em direção à frente, não sendo fã de todo o show que seu pai fazia. Ele sorriu para todos e acenou para cada pessoa que chamou seu nome alegremente. Atrás dele vinha Fleur Delacour, a representante francesa de Beauxbatons junto com Madame Maxime, Viktor Krum saiu erguendo os braços fazendo com que todos gritassem com mais entusiasmo por ele, ele era o favorito da grande maioria independente de serem de Hogwarts ou Durmstrang. Finalmente Harry, que parecia um pouco nervoso apesar de Dumbledore apertar seus ombros para relaxar.
Erika podia ver seus amigos com pequenos tambores cantando o nome de seus amigos enquanto os Grifinórios tinham POTTER escrito em suas testas com tinta vermelha e letras gigantes.
Dumbledore avançou e gritou alto.
— Silêncio! — sua voz foi ouvida estrondosa mas cumprindo sua missão. Todos pararam de falar e a orquestra parou de tocar enquanto todos se sentavam. — O copo já foi colocado dentro do labirinto graças à ajuda do Professor Moody! Agora, Sr. Diggory...
Assim que Cedric foi mencionado, os Lufa-Lufas pularam de seus assentos gritando alto, obviamente Erika e Danielle se juntaram a eles com aplausos. Percebendo o apoio ao filho, Amos pegou o braço de Cedrico para levantá-lo, mas ele ficou um pouco envergonhado e disse ao pai para não fazer isso.
— E Sr. Potter...
Desta vez foi a vez dos grifinórios gritarem bem alto, Erika viu como a família Weasley gritou mais alto que todos, assim como Hermione, que bateu palmas alto e deu um grande sorriso de apoio à amiga.
— Eles estão empatados em primeiro lugar, eles entrarão no labirinto primeiro. — Dumbledore continuou, olhando para todos na plateia. — Seguidos pelo Sr. Krum e finalmente pela Srta. Delacour. O primeiro a chegar à taça será o vencedor!
A multidão estava de pé em comemoração e gritando em apoio ao seu campeão favorito.
Dumbledore explicou algumas pequenas medidas de segurança no caso de qualquer ocorrência perigosa dentro do labirinto, além de que haveria pessoas patrulhando o labirinto em caso de qualquer problema. O diretor de Hogwarts reuniu os participantes em um círculo e conversou com eles por alguns segundos.
— O que você acha que ele está dizendo a eles? — Danielle perguntou a Charlie em um sussurro.
O ruivo encolheu os ombros rapidamente.
— Certamente algo sobre cuidar de si e não se perder. — o menino brincou um pouco.
Erika conteve uma risada de forma um tanto abrupta, tendo que colocar a mão no rosto. Ela ficaria extremamente envergonhada se risse alto quando todos estivessem em silêncio.
Finalmente Dumbledore chamou os campeões para se prepararem e todos se levantaram comemorando. Cedric olhou em direção aos assentos e encarou Erika, a garota de olhos azuis sorriu para ele e ergueu o polegar em sinal de boa sorte enquanto o garoto piscava para ela com confiança e um sorriso torto. Dumbledore contou na preparação e quando chegou ao final Cedric acenou para a amiga para entrar rapidamente no labirinto que se fechou após alguns segundos.
O público ficou em silêncio por alguns segundos até perceber que, assim como no segundo teste, não veria absolutamente nada do que estava acontecendo. Se pensasse um pouco sobre isso, era um tanto desconfortável.
— Bem... Erika, o que é sarna de cauda positiva? — Charlie perguntou com interesse.
— Eles são chamados de explosivins de cauda explosiva. — a Lufa-Lufa corrigiu. — Sinceramente não faço ideia, eles não aparecem em nenhum tipo de livro.
— Nem nas antigas bibliotecas? — Danielle perguntou curiosa.
— Não, ou é uma espécie tão estranha a ponto de o vovô Newt não ter ideia ou Hagrid inventá-la. — Erika disse despreocupada levantando rapidamente os ombros. — Mas eles são muito perigosos, espero que nenhum dos quatro esbarre em um. Um deles quase me deu um soco na cara...
Os mais velhos riram e Molly apareceu atrás de Bill com um sorriso maternal se aproximando de Danielle, parecia que ela queria terminar de alcançar a Frukke mais velha.
— Enquanto esperamos, Danielle, você poderia me apresentar a sua irmã? Já que Ron tem vergonha de fazer isso. — Molly disse, olhando para o filho mais novo com o canto do olho com um pouco de aborrecimento.
Ron revirou os olhos e cruzou os braços, sua mãe estava tão insistente para que ele a apresentasse a Erika que ele ficou chateado dizendo a ela que se ela continuasse insistindo não iria apresentá-la a ninguém, o que Hermione ao seu lado o repreendeu porque a mãe dele só queria conhecer a irmã mais nova da amiga dos filhos mais velhos. Danielle riu, colocando as mãos nos ombros da mais nova.
— Erika, esta é Molly Weasley. Molly, esta é Erika, minha irmã mais nova de quem falei quando passei dias na toca. — Danielle comentou com um sorriso.
— Ah, você parece...
— Meu pai. — a garota de olhos azuis completou com um breve sorriso. — Ouço isso com bastante frequência, honestamente.
Erika olhou para o lado da mulher onde Hermione assistia a interação com um sorriso, Danielle percebeu isso e se agachou um pouco para chamar a atenção de Hermione.
— Acho que ainda não nos apresentamos. — a mais velha sorriu, deixando Granger nervosa.
— Ah, é Hermione Granger da Grifinória. — a garota de olhos azuis respondeu casualmente, agora apresentando formalmente a morena. — Ela é aquela que eu te disse que era a melhor da nossa geração.
Hermione não pôde deixar de corar um pouco com o elogio, Erika havia contado à irmã sobre ela como a melhor da geração. Ela geralmente não se sentia confortável com esse apelido, mas vindo de Erika talvez ela pudesse deixar esse desconforto passar.
— Olá... — a morena cumprimentou um pouco nervosa, ela estava pensando seriamente que se a irmã mais nova fosse bonita, a mais velha não ficaria atrás.
— Sou Danielle, prazer. — a mais alta sorriu gentilmente para ela e Hermione fingiu ter acabado de adquirir esse conhecimento.
— Acredite, ela já sabe... — a mais nova murmurou, soltando uma leve risada.
Hermione ouviu isso e seu rosto ficou vermelho de vergonha. Ela esperava que Danielle não descobrisse que ela literalmente sabia quase toda a sua vida. Ela não queria parecer uma perseguidora em potencial na frente dela.
Embora realmente fosse um no começo.
Molly continuou a conversa com Erika e foi nesse momento que ela se perguntou por que sua irmã nunca a incentivou a ir para os Weasleys em vez dos Diggorys. Se ela ouviu corretamente, Danielle visitou a casa dos Weasley em algum momento, por que ela não fez contato?
— Ron me disse que você é boa com criaturas mágicas. — Molly disse, tirando-a de sua curta linha de pensamentos.
— Ah, sim, posso dizer que eu sou. — Erika respondeu com um pequeno sorriso tímido.
— Ela está sendo gentil, mãe. — Ron disse. — Se Hermione teve que pedir aulas particulares para ela é porque ela é muito boa.
— Talvez você seja igual ao seu avô, querida! — a mulher exclamou animadamente, confundindo Ron e Hermione.
Antes que qualquer um deles pudesse perguntar qualquer coisa, faíscas vermelhas foram vistas no céu, indicando que havia um participante em apuros. Depois de alguns segundos, Fleur Delacour apareceu fora do labirinto com pequenos ferimentos e as roupas cheias de sujeira.
— Espero que não tenha sido um explosivim... — Hermione murmurou, olhando preocupada para a loira.
Enquanto aconteciam pequenas conversas entre a família Weasley, Hermione e as irmãs Frukke, no labirinto Harry e Cedric corriam para alcançar a xícara. Eles passaram de enfrentar um Viktor Krum sob a maldição do Imperius e a aranha gigante que quase agarrou Harry pela perna. Assim que os dois colocaram a xícara na frente deles, Cedric olhou para Harry por alguns segundos antes de falar.
— Você pega. Você chegou primeiro e me ajudou com a aranha e as raízes, você merece vencer.
Harry estava respirando com dificuldade de correr e estendeu a mão pronto para pegar o copo, mas parou.
— Nós dois chegamos, você me ajudou também. Vamos ambos tocar nela. — Harry disse a ele, olhando seriamente em seus olhos.
Cedric não pôde deixar de ficar surpreso naquele momento, ele já havia decidido dar o primeiro lugar para Harry e o fato de Harry querer compartilhar isso não era nada o que ele esperava. Ele pensou que haveria arrependimento no rosto do Grifinório, mas quando percebeu que seu olhar permanecia sério ele assentiu.
— Está tudo bem... — Cedric aceitou, ainda com surpresa na voz.
Harry assentiu com determinação e contando até três os dois tocaram o vidro, começando a se sentir estranhos, tontos como se estivessem se movendo em alta velocidade. De um segundo para o outro passaram do labirinto para uma espécie de cemitério. Um cemitério bastante familiar para Harry.
Enquanto Potter olhava em volta, totalmente confuso e desconfiado, Cedric se aproximou da xícara surpreso.
— É um portal. — ele murmurou, começando a sorrir. — Harry, a xícara é um portal!
Enquanto murmurava coisas para si mesmo, Harry começou a ficar alerta e decidiu avisar seu companheiro.
— Cedric, temos que ir. Temos que voltar para a copa agora. — Harry exclamou enquanto olhava para todos os lados.
— Do que você está falando? — o Lufa-Lufa perguntou confuso.
Antes que eu pudesse responder, uma porta foi aberta lentamente, dois corpos emergiram lentamente das sombras, um pequeno e outro alto. Os dois homens olharam para Harry e ao mesmo tempo que o contato visual foi feito, a cicatriz de Harry começou a queimar intensamente. Ao perceber isso, Cedric rapidamente se aproximou de Harry para protegê-lo, apontando para os dois corpos à sua frente.
— Quem são vocês? O que vocês querem? — Cedric perguntou ameaçadoramente.
Harry ergueu os olhos e conseguiu reconhecer Peter Pettigrew sorrindo maldosamente para ele carregando algo nos braços. Ao lado dele, um homem alto, com cabelos curtos e um tanto ondulados e olhos verdes ameaçadores o encarava. Não só Harry o reconheceu, mas Cedric também.
Nathaniel Frukke estava ao lado de Peter Pettigrew.
O homem sorriu na direção dos dois meninos e começou a caminhar em direção a eles sem parar de sorrir.
— Mate o intruso. — disse uma voz baixa, vinda do embrulho que Pettigrew carregava.
Peter levantou a mão, mas Nathaniel rapidamente tirou a varinha dele.
— Eu cuido disso, não posso deixar você falhar nisso. — ele disse com um tom sério e frio olhando para o homem ao seu lado.
Peter parecia um pouco ressentido com o homem enquanto Nathaniel apontava sua varinha para Cedrico.
— Eu conheço você, garoto. Eu vi você em sua memória. — Nathaniel falou na direção de Cedric que o olhou confuso. — Você cresceu. — disse ele com um pouco de desagrado. — Pena que este é o seu fim. Avada Kedavra.
Um raio verde saiu com força da varinha, impactando o corpo de Cedric, fazendo-o cair no chão ao mesmo tempo em que Harry gritava de forma dolorosa. Nathaniel não pôde deixar de rir e devolveu a varinha para Pettigrew enquanto pegava a varinha que estava no bolso e começou a mover Harry em direção a uma das estátuas.
Mas ao mesmo tempo que isso acontecia, uma pequena dor de cabeça invadiu Erika por alguns segundos. Quando fechou os olhos só viu verde, mas nada mais do que isso. A dor era tão forte que sua mão foi automaticamente para a cabeça, preocupando a irmã.
— Tudo bem? — Danielle perguntou preocupada.
A de olhos azuis assentiu abrindo os olhos e olhando para o lado dela, onde Hermione estava olhando para ela com preocupação também. Elas haviam começado a falar sobre a aula de astronomia e sobre Erika querendo levá-la no ano que se seguia, quando já estava escurecendo Erika lembrou do fato que Susan lhe havia dado sobre a lua e ambas mergulharam em uma conversa à qual Danielle, de forma bastante mesca na opinião de Erika, se juntou comentando que Astronomia tinha sido sua matéria favorita.
— Estou bem, acho que muito tempo no sol me faz mal. — Erika respondeu piscando um pouco, sentindo a dor se dissipar.
— Você quer água? Acho que tenho uma garrafa na minha bolsa. — Danielle disse a ela, começando a revistar sua bolsa.
— Não, estou bem. — Erika balançou a cabeça.
Já estava escurecendo e as tochas estavam acesas, pouco mais de uma hora se passou e não havia sinal de Harry ou Cedric. Fleur voltou primeiro e Krum também teve que sair mais cedo, deixando o primeiro lugar para o garoto da Grifinória ou o garoto da Lufa-Lufa.
— Quão grande você acha que é o labirinto? — perguntou Rony, ficando na ponta dos pés para tentar ver o outro lado do labirinto. — Estão demorando.
— Quem sabe que tipo de coisas eles encontraram lá. — Hermione disse. — Além dos explosivins não consigo imaginar mais nada.
Antes de continuarem a conversa, um rugido os fez olhar novamente para o campo, ali, de costas, puderam ver Harry curvado ao lado de Cedric no chão. A emoção foi imediata, ambos haviam chegado e estavam com a taça nas mãos, mas ninguém percebeu que realmente não havia o que comemorar. Todos começaram a descer enquanto aplaudiam sob a orquestra de Hogwarts comemorando a chegada de seus dois campeões, mas não foi estranho para ninguém que Harry não se moveu de sua posição ajoelhada na frente de Cedric com as costas no chão.
Com alegria, Erika correu até os amigos para parabenizar Harry e Cedric, mas ao ouvir o grito de coração partido de Fleur que estava sentada de lado, o clima mudou. Eles sabiam que algo estava acontecendo quando viram Dumbledore caminhar rapidamente até onde Harry ainda estava curvado no chão, sobre o torso de Cedric. Quanto mais se aproximavam, mais ouviam os soluços dolorosos de Harry.
E Cedric ainda não se mexeu.
Por que Cedric não estava se movendo? Foi a pergunta que rapidamente se repetiu na mente de Erika, começando a sentir um vazio no estômago.
A música da orquestra parou de repente e os rostos de todos ficaram pálidos, totalmente confusos e desnorteados com o que estava acontecendo. Não poderia ser possível, certo?
Mas vendo que Diggory não estava se movendo e seu corpo estava começando a ficar mais pálido do que o normal, acrescentando o rosto preocupado do Ministro e de Dumbledore, muitos rapidamente ligaram os pontos.
Ele estava morto.
Cedric Diggory morreu na terceira tarefa do torneio tribruxo.
Mas como? Haveria algo tão perigoso ali, naquele grande e complicado labirinto, que fosse capaz de matar um participante? Mas essas perguntas foram deixadas em segundo plano para a Lufa-Lufa de olhos azuis, olhos que de repente começaram a se encher de lágrimas ao ouvir Harry gritar e olhar não apenas com medo, mas com frustração e tristeza.
— Ele voltou, ele voltou! — o menino de óculos exclamou soluçando.
Amos Diggory abriu caminho entre as pessoas rapidamente com Arthur Weasley, ao mesmo tempo em que Danielle chegou para ficar ao lado de Erika, ficando totalmente surpresa com a cena. Os gritos de partir o coração do pai de Cedric causaram lágrimas no peito de todos os presentes, mas muito mais naqueles que estavam próximos do menino. Erika começou a soluçar silenciosamente sem tirar os olhos do corpo do amigo, quase irmão, ali caído no chão sem respirar. Ela sentiu uma mão pegar a sua suavemente ao seu lado, ela não sabia quem era no momento, mas Susan estava ali segurando sua mão, tentando lhe dar apoio dentro do que ela poderia fazer num momento como aquele. Danielle aconchegou a irmã ao seu lado, fazendo-a apoiar a cabeça no ombro, cuja cabeça se escondeu ali depois de alguns segundos.
— Danielle, desculpe interromper, mas o ministro ordenou que transferíssemos as pessoas. — Bill de repente se ouviu, com um tom compassivo, se sentindo péssimo por ter que tirar Danielle da menor.
A mulher de cabelos negros estava prestes a rejeitar a ordem do ministro da magia, mas viu como Hannah, Justin e Ernie lhe disseram que estava tudo bem com apenas um olhar. Agradecendo, ela beijou a cabeça de Erika e rapidamente começou a dissuadir a multidão do local. Ela notou como Harry foi afastado do corpo de Cedric pelo Professor Moody quando Amos chegou ao local, apesar dos esforços do garoto para se libertar do aperto o homem conseguiu afastá-lo de toda a situação. Justin viu o estado de choque que sua amiga estava e a abraçou gentilmente, foi quando ela finalmente conseguiu chorar de confiança. Com o rosto escondido no peito do amigo que, com lágrimas silenciosas escorrendo pelo rosto, acariciava seus cabelos para lhe dar conforto, Ernie e Hannah juntaram-se ao abraço, também chorando, compartilhando a dor da perda de um amigo tão importante como Cedric.
Neville rapidamente se aproximou do grupo oferecendo-se para tirar Erika da sala para que ela pudesse desabafar com mais privacidade. Os Lufa-Lufas aceitaram e começaram a caminhar em direção ao castelo, principalmente em direção à sala comunal. Eles deixaram Neville entrar já que a ocasião era especial e ali, no chão em frente à lareira, sentaram-se em grupo ouvindo os gritos da amiga por um longo tempo até que uma hora depois Dumbledore apareceu na sala comunal ao lado de Danielle pedindo a Erika que o seguisse até seu escritório.
— Mas professor... — Ernie começou a falar, sendo imediatamente interrompido por Dumbledore.
— Acredite, senhor McMillan, se não fosse necessário, eu não estaria aqui interrompendo um momento como este. — ele disse em um tom suave, quase empático.
Silenciosamente e de repente, Erika levantou-se e caminhou com o olhar voltado para o diretor, sendo conduzida até o escritório onde as duas irmãs ficaram arrasadas com o que viram, sendo a mais nova visivelmente mais afetada.
— Sinto muito pelo ocorrido, sei que o Sr. Diggory era próximo de vocês. É por isso que acho que vocês deveriam saber o que o Sr. Potter nos contou. — Dumbledore falou andando pelo seu escritório. — O Professor Moody que conhecemos não era ele, era um impostor, Barty Crouch Jr usando uma poção polissuco.
Danielle franziu a testa rapidamente, olhando confusa para o diretor.
— Mas ele estava...
— Em Azkaban, sim. — eme interrompeu. — Mas ele foi libertado por... Nathaniel Frukke.
As duas irmãs olharam para Dumbledore incrédulas ao ouvirem isso, o lábio inferior de Erika começou a tremer e ela não sabia se era de tristeza ou raiva.
— Barty Jr trabalhou com aquele que não deve ser identificado para levar Harry a um cemitério e assim fazê-lo retornar. — k homem continuou suspirando. — Nathaniel estava lá.
— Ele fez isso...? — Erika perguntou em um murmúrio inaudível, franzindo os lábios e depois olhando para Dumbledore. — Voldemort matou Cedric?
O homem não pôde deixar de se surpreender ao ver os olhos brilhantes da Lufa-Lufa, eles estavam cheios de raiva, ódio, tristeza mas não era um brilho habitual, seus olhos azuis claros foram perdendo um pouco de cor a ponto de ficarem levemente acinzentados. Não deixando que sua repentina surpresa fosse notada, o homem balançou a cabeça lentamente, olhando para as duas irmãs uma por uma.
— Não, senhorita Frukke. Quem assassinou Cedric Diggory foi... Nathaniel.
Sem esperar um segundo, Erika saiu furiosa da sala, abafando um grito de raiva, surpreendendo os dois adultos. Danielle suspirou de frustração com a situação. Tudo foi aos poucos voltando ao normal até que seu pai voltou a arruinar suas vidas.
— Sinto muito pelo ocorrido. — Dumbledore disse para Danielle com tristeza. — O que aconteceu hoje foi realmente uma tragédia.
— Foi. — Danielle disse balançando a cabeça em um murmúrio com a voz trêmula.
— Você pode vir ao meu escritório amanhã, por favor? Preciso discutir assuntos com você e mais pessoas.
Danielle olhou para ele confusa e ele se virou para caminhar até sua mesa e então murmurou.
— A ordem da fênix deve retornar.
Danielle olhou para ele surpresa, claro que ela sabia o que era a ordem da fênix, ela tinha ouvido Moody falar sobre isso quando estava treinando. Um grupo de bruxos que eram contra Voldemort, um grupo no qual muitos morreram e poucos restaram do grupo original.
— O ministério quer esconder tudo relacionado ao retorno de Voldemort, nossa única testemunha viva desse acontecimento foi Barty Crouch Jr, mas o ministro trouxe os dementadores e agora não temos provas de nada. — comentou o homem irritado. — Vou reunir mágicos de confiança, Frukke. Preciso que você vá ao ministério com Moody daqui a mais alguns dias, tenho que resolver alguns assuntos com alguns velhos amigos.
— Espere, estou incluída na sua escalação da Ordem da Fênix? — Danielle perguntou com surpresa e descrença.
— Claro. Não porque seu pai esteja envolvido nisso, mas porque você é uma grande bruxa, Danielle. Você e todos que reunirei são completamente confiáveis.
Danielle assentiu e pigarreou.
— É uma honra, senhor. — ela respondeu com um tom de voz sério.
— Por enquanto, preciso que você vá encontrar a Professora McGonagall e o Professor Snape. — o homem pediu gentilmente.
De repente, um cachorro preto entrou no escritório, atraindo a atenção de Danielle, mas não de Dumbledore. A Frukke mais velha olhou para o canino de forma estranha, como foi possível um cachorro chegar lá em cima? Mais importante ainda, havia cães em Hogwarts?
— No momento certo, Sirius.
Danielle franziu a testa, mas seu rosto se transformou em completa surpresa quando aquele cachorro se transformou em ninguém menos que Sirius Black, o temido assassino que escapou de Azkaban no ano passado. Perceber o medo na morena Dumbledore imediatamente a acalmou.
— Calma, Frukke. Sirius é totalmente inocente e não há nada a temer.
Sirius e Danielle, que relaxaram ao ouvir o diretor, trocaram olhares e se cumprimentaram com um leve aceno de cabeça.
A partir daí, naquele momento, iniciou-se o processo de restauração da ordem da fênix liderada por Alvo Dumbledore.
Bem, chegamos na parte temida...
Agora que eu percebi, eu jogo Hogwarts Mystery e o nome da minha personagem é Danielle, e eu escolhi Penny como meu interesse romântico. Eu acho que é destino.
Até breve. ❤️❤️
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